O concerto poderia ter sido marcado para o dia 1 de Abril, era fim-de-semana, segunda-feira é dia de trabalho, etc, mas percebi o porquê da data em questão. Primeiro, porque se comemorava o aniversário de
El Oscar, e, como sabemos, festejar antes da data dá azar. Em segundo, porque os
Dead Singer nunca poderiam tocar no dia das mentiras, esta banda é a verdade, a verdade do rock n' roll no seu estado mais bruto.
Tinha uma certa curiosidade em voltar a vê-los ao vivo, pois fizeram uma breve (felizmente) pausa nas suas actuações. Para um fã assumido como eu, que vê todos os concertos da banda, queria qualquer coisa a mais...e os Dead singer fizeram precisamente o contrário...deram-me "a menos", menos um elemento na banda. O corpo de Guilherme Lucas já não canta e este apresenta-se apenas com a outra metade, a alma, a verdadeira alma de um frontman que não faz as coisas por acaso... resultou na perfeição. Está tudo ainda mais intenso, mais frenético... Não vou falar em termos técnicos, porque é por demais evidente a evolução de ambos os músicos.
O meio underground portuense começa a ser pequeno para os Dead Singer, esta é a banda que qualquer pessoa gostaria de ver a abrir festivais, a quem ninguém ficaria indiferente. Espero que haja gente inteligente o suficiente para reparar nisso...