Let's Dance!...

Há que analisar urgentemente o papel das stripers na nossa sociedade. O trabalho árduo destas mulheres (e homens) funciona como um pilar bastante importante na economia portuguesa. Aliás, neste momento de crise, este tipo de serviço contribui largamente para a entrada de divisas nos cofres do estado, favorecendo o crescimento do PIB nacional e atenuando o nosso famigerado deficit. O acentuado aumento de clubes strip em território nacional não pode ser mais ignorado pelo Estado ou por outras entidades competentes.
Manuela Ferreira Leite confessou recentemente, num comunicado não-oficial, ser frequentadora assídua de um bar strip masculino no Bairro Alto, que, por motivos óbvios, não iremos revelar o nome. Naturalmente, os média tentaram abafar ao máximo a notícia, visto tratar-se de uma ministra, e a reputação que estes clubs gozam não é das melhores. Pergunto eu: porquê e até quando?! Muitas vezes exploradas pelos seus agentes, estas mulheres e homens, oriundos, na sua esmagadora maioria, de países de Leste e do Brasil, vêm à procura de uma vida melhor, e não obtém o reconhecido e apoio devidos! A sua arte, a sua dança nas passerelles, à volta de um simples varão, maravilha e extasia os nossos jovens e os bons chefes de família que não desejam mais do que passar pacatos momentos de lazer e prazer, já para não falar nas famosas despedidas de solteiro para eles e para elas, onde tudo pode acontecer. Vamos apoiar esta classe trabalhadora, vamos ajudá-los na defesa dos seus direitos, criar um sindicato!
Dou-vos humildemente o meu exemplo: neste fim-de-semana, recusei a custo um ingresso para ver “My Fair Lady” e declinei relutantemente um convite para ir assistir a um concerto do Prof. Franz Lehrndorfer, organista titular da Catedral de Munique, na Igreja da Lapa, e fui ao um desses bares, apoiar essas fantásticas bailarinas.